PWF Word Life #1 - Rumbledriver

Confira no "Leia Mais" o Debut do World Life, quadro onde o famigerado "Dr. of Thuganomics" John Cena vai dizer o que ele achou de cada match do último PPV da empresa, o PWF Rumbledriver.

Crianças, eu sabia que isso ia acontecer. Tudo o que pedi foi um pouco de descanso para aproveitar minha lua de mel com a mãe do Joãozinho Luta Livre, mas vocês tinham que virar essa classe do avesso e provocar o retorno do Doctor Of Thuganomics.
Dizem que os Millers são loucos e existe veracidade nisso, porém, num raro momento de lucidez, eles ligaram para o melhor lutador que já esteve na PWF e lhe ofertaram um cargo como "analisador de PPVs"! Como podem perceber, esse lutador recusou, então sou eu mesmo quem vai exercer a função.

Leva Bates & Peter Avalon VS Mike Love & Maria Kanellis

Só se fala em outra coisa! A primeira Mixed Tag Team Match da empresa foi tão desejada pelo público quanto a 3a Guerra foi desejada pelos pacifistas do Irã. Se acostumem com sinceridade e sintam-a nas próximas palavras, porque, na minha opinião, Mike Love devia estar envolvido em algo maior, enfrentando um adversário que lhe exigisse esforços. Peter Avalon já não é um combatente promissor desde que Apokalipse o atropelou e isso nos leva à inevitável questão: o quê que cê ainda tá fazendo com esse cara, Leva Bates? Tomara que a senhorita Luta Livre não ouça isso, mas minha cama é grande o suficiente, portanto, caso queira inovar e tentar alguém com menos de 130 anos de idade, me dá um toque!
Sobre a luta, sua duração fala por si só. Em relação ao futuro, não vejo nenhum desenhado pro Sr. Bigode Grosso, enquanto Mike claramente tem afazeres. Não falo apenas do fato dele ter conquistado uma luta pelo IC Championship, falo de Rick Rude que, além de ter eliminado-o da Rumble, encantou serpente pro lado da Maria Kanellis, e a honra de uma dama deve ser defendida, certo? Certo! Agora, coloquem um vestidinho florido naquele globo ambulante que é o Bobby Heenan e só voltem quando tiverem protagonizado uma maldita Mixed Tag Team Match de verdade!

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Chris Benoit VS Gabriel Master

O Canadá inteiro parou pra ver essa luta, o que significa que quinze bêbados acrescentaram-se à audiência, enquanto xingavam uns aos outros num bar e esperavam o evento acabar para que o jogo de hóquei começasse.
Velhos companheiros de tag resolveram lavar roupa suja no palco da PWF; que beleza. Chris Benoit vinha com o pior histórico da empresa, acumulando derrotas na mesma frequência que o Drake acumula ghostwriters. Sobre Gabriel Master, o que há pra ser dito? Um aposentado cuja participação nos shows depende da boa vontade de alguém que esteja disposto a descer aquela rampa e responder perguntas não tão elaboradas assim. Minha expectativa para esse confronto era mínima, o que acabou sendo bom, afinal, vi Chris Benoit trazer boas cartas à mesa pela primeira vez desde que pôs seus pés aqui e me surpreendi positivamente. Ele representou sua técnica com precisão e, em questão de minutos, pôs seu adversário em condição de desistência.
O futuro conta com uma Velocity Division já anunciada, da qual Benoit mostrou interesse. Quem sabe ele não surpreenda mais pessoas. Eu honestamente espero que sim. Quanto a Master, a única divisão que lhe cabe é a dos aposentados. Se lhe sobrou alguma estima, vai aparecer nas próximas edições do Take Me In e tocar o barco do Master TV, o que não é de todo mal, pois o show precisa fornecer esses momentos irrelevantes para que seu telespectador possa sair de frente da TV e dar uma ida no banheiro.

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Drek Scullter VS Ultramantis

CHUPA, ULTRAMANTIS, SEU FILHO DA PUTA! Desculpa, desculpa. Esse quadro conta com um decoro inigualável e com a total imparcialidade do apresentador; isso está perceptível a todos os olhos e ouvidos.
The Villains Of The New World! Claramente, destruir o ex-colega de dupla está na moda. As duas grandes promessas iniciais da empresa longe da rota de todos os títulos. Expectativas podem ser um pouco dolorosas. Tão dolorosas quanto o Low Blow que, aplicado por Scullter, deu o tema final do confronto. Se não me engano, foi o segundo aplicado nas últimas semanas. Esse cara tem aspirações no ramo de castrador.
Ultramantis, por um breve momento, atingiu o teto de sua carreira. Fez o que todo lutador sonha em fazer, mas não consegue, e nem estou falando de levantar um título mundial, - isso qualquer um consegue, contanto que seu nome seja diferente de "Felipe Paulo", - estou falando de ter derrotado este que vos fala, afinal, conquista maior que essa é inexistente. Escreva-a em seu currículo com letras garrafais, querido Ultramantis, pois vai precisar distribuí-lo de porta em porta. Sofreu um tombo dos grandes e nem a sorte se comprometerá a ajeitar o rumo das coisas. Quanto a Drek Scullter, a vitória pode lhe servir como ponto de ignição, pode pôr seu motor de volta à ativa. Se acredito que isso vai acontecer? Bem, aí é outra história. Nada contra o cara, eu até gostava do estilo dele... até a hora em que disse que “a queda de Ultramantis é a melhor coisa que aconteceu à humanidade desde o Holocausto”. Acho que ele foi longe demais nisso.

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(w/Paul Heyman) Brock Lesnar (c) VS Adam Page

Falando na queda de Ultramantis, esses devem ser os dois caras que mais se beneficiaram dela. Brock chegou à final daquele torneio inicial da empresa, demonstrando ser o competidor grandioso no quesito fisicalidade. Mostrou também ser alguém que valoriza suas raízes, afinal, tem suas costas preenchidas por uma tatuagem bastante fiel à figura da senhora sua mãe. Já Adam Page foi aquele que não levou seu cavalo à chuva, trouxe esperteza às tentativas de entrar na rota pelo título principal e, após tantas semanas colhendo morangos e trocando ferraduras, raptou o ouro pra sua fazenda. É, meus amigos, a besta foi selada e cavalgada.
Como era de se presumir, Brock Lesnar dominou maior parte da luta. Trouxe sangue à lona, mas tanto sangue, que me fez concluir o seguinte: o período menstrual do cliente de Heyman finalmente chegou. Chame de persistência ou sorte, mas Page criou uma estreita saída da surra que estava tomando, derrubou seu oponente numa mesa e pousou noutra sem quebrá-la. Essa merda foi incrível!
Frustração é um bicho complicado, foi a gota que fez transbordar o copo d'água do cara sem neurônios e o levou a roubar o lugar de alguém na Rumble. Bom pra ele que, por fim, acabou garantindo-se numa luta contra El Diablo. Minha dica referente ao seu futuro, Brock, é a seguinte: adquira um sutiã. As famílias tradicionais repudiam esses seus mamilos polêmicos saltando pra lá e pra cá na TV.

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Prince Devitt VS Sharada

Quem nunca quis ver uma dança entre um demônio e um louco que atire a primeira pedra. Sharada, nas primeiras semanas da empresa, estava sob confinamento forçado, encarando paredes brancas. Tempo passou e ele se livrou daquele lugar, é fato, mas resolveu partir pra um confinamento voluntário nessa loucura de seita encabeçada por Raven. Não me levem a mal, só não sou um cara de alianças, assim como Prince Devitt também provou não ser. Tenho de admitir, em seu retorno aos ringues, cheguei a pensar que fosse se reunir à Devil's Inc, mas logo tomaram caminhos separados. Uma lenda da indústria indo contra um jovem potencial. Eu até pensei em usar Davi vs. Golias como analogia, mas Davi não fazia uso de drogas, embora andasse com pedras na mão, e Golias não vivia abrindo a boca pra se gabar de conquistas do passado, então deixa quieto.
Bem, essa dança foi interrompida antes que a música atingisse sua segunda nota. Sharada foi salvo pelos seus parceiros de orgia, que destruíram Prince. Sinceramente, o que tenho pra declarar é que quero que esse cara retorne e chute o traseiro de todos eles.

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Miller Kazarian VS Yan Gage

Tá aí uma luta que ansiei pra ver. Miller Kazarian finalmente pondo seu terno num cabide e trocando seus sapatos sociais pelas botas tradicionais, lutando em busca de respeito. Quem diria que isso ocorreria logo no segundo PPV da empresa? Verdade seja dita, Yan Gage vem sendo um pé no saco já tem um tempo. E este é mais um motivo que me levava a esperar por esse combate com certa animação: o ódio do empregado pelo empregador. Crianças, gravem o conselho do tio Cena, quando notarem que uma faísca de ódio está alocada em seus corações, alimentem-a com álcool, transformem essa merda num fodido incêndio e arranquem um aumento de salário na base do tapa; me ouviram?! Nessa luta, ódio poderia ser a razão da ruína ou a razão do triunfo. Um homem que desconhece maneiras de canalizar seu ódio é tão inútil quanto Jig Flair sem viagra no meio de um harém.
O embate foi parelho como tinha que ser. Contudo, Yan Gage perdeu a chance de calar seu chefe. É válido ressaltar que seus companheiros de grupo não foram acionados, ele quis fazer isso por conta própria e talvez a confiança exagerada de ter que encarar um inativo tenha lhe atrapalhado. Miller merece seus méritos também, é fato. A pergunta que fica é: o PPV gerou respeito mútuo ou essa bola de neve continua descendo a colina?

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Royal Rumble Match

Royal Rumble Match, a suruba institucionalizada do Wrestling! Uma luta cujo resultado me pegou tão de surpresa quanto o novo álbum do Eminem. Se alguém voltasse no tempo, pro minuto inicial do combate, e me dissesse que aquele primeiro participante duraria até o final, eu aplicaria um F-U no desgraçado e o faria calar a boca.
A vantagem numérica foi um fator determinante. Mais do que isso, afinal, de nada vale a vantagem numérica que não flui com companheirismo e estratégia. Vocês me ouviram dizer que sou contra alianças, mas é inegável a inteligência mostrada pela Devil’s Inc essa noite. Em alguns momentos, a união e superioridade do trio pareceu ser posta a prova, como quando Felipe e Carlos tiveram uma espécie de desentendimento e na reta final, com seis competidores no ringue, quando a confiança deles caiu por terra graças a presença de Brock Lesnar no lado oposto do ringue. A besta escolheu o US Champion como vítima; se pretendia vencer a Rumble, deu um tiro no próprio pé. Voltando ao trio, vale a pena ressaltar que só há um vitorioso nesse combate e seu nome é John Vega. Veremos o quão longe vai essa ideia de “sua glória é nossa glória”. Uma víbora passará a habitar as plantações de um tal fazendeiro e meu palpite é que seu bote sofrerá interrupções.
Outras participações que merecem ser destacadas são as dos recém-contratados: Apokalipse, Rick Rude e Matt Taven. Desempenharam um bom trabalho e que tende a melhorar se for continuado. Nomes já conhecidos da empresa que também tiveram boas participações foram os membros da Extreme World Order, os Bad Boys, a Mysterious Boom, Mike Love e até Miller Kazarian. Aprimorem seus corpos decrépitos e arrisquem de novo no ano que vem.

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Estamos perto do fim, essa é a hora em que me despeço
Mas não seria algo meu se não tivesse um verso
Mike é um homem a moda antiga, investe na poesia
Acha que ela não daria pro Rude? Pois ia!
Chris quis lembrar-se de onde veio e bancou o patriota
Mas seu país nos deu o Bieber, vai pra sempre ser chacota
Drek Scullter de guarda-chuva, preparado pra garoa
Ultramantis viu a chance de vazar e agarrou-a
Heyman é cheio de desculpa e seu discurso já ensaia
Cuidado com as esquinas, pode ver o Brock em saia
Se sentimentos são doenças, Raven e a trupe imunes são
Mas Prince matará a charada, tem armas e munição
Yan deu tudo que tinha, ausentou-se a precaução
E andou pra um velório feito pelo seu patrão
John Vega levou a boa, almeja ser campeão
Veremos no que essa merda vai dar
Enquanto isso, comente o que achou
E, se quiser, deixe uma maldita sugestão!